sexta-feira, 21 de julho de 2017

PINTURA ÍNFIMA

Eu trago a dança do vento
As cores do sonho
A coragem de escalar montanhas...
Eu trago junto com a incerteza do amanhã a alegria da espera...
Eu trago na alma a necessidade de voar
A saudade dos desertos e das madrugadas...
Eu trago o sopro da vida
A caixa de tinta e as mãos sujas com os matizes de uma pintura ínfima...

(Tereza Maria Caarneiro)

terça-feira, 16 de maio de 2017

EM BUSCA DE MIM...

Perdemo - nos em nossa filosofia Em busca de liberdade Ao encontro da verdade Caminhamos cada dia Um céu que muda de cor Um vento que dança atoa Uma saudade que voa E a busca de um grande amor Nada ou tudo vai passar No sonho ou realidade Começo, metade e fim
A onda corre pro mar Loucura pra sanidade Eu corro em busca de mim... (Tereza Maria Carneiro)

quinta-feira, 11 de maio de 2017


REENCONTRO
(Soneto)

Um desejo, uma emoção
Além do céu, além do mar
Uma vontade de te amar
Sem motivo e sem razão

Me aquecer no seu abraço
Na sua boca me calar
No seu corpo me enroscar
E esquecer o meu cansaço

Você e eu e um castelo
Um vinho, um toque e uma canção
E uma vontade de viver

O céu azul suave e belo
A música do seu coração
E nunca mais me esquecer

(Tereza Maria Caarneiro)

11/05/ 2016




sexta-feira, 28 de abril de 2017

POESIA ALADA(2013)
Escrever um poema na superfície de um lago
Desenhar seu sorriso numa nuvem
Pintar no arco-íris uma aquarela
E na mais colorida passarela
Fazer passear seu sonho lindo
Dos seus lábios fazer uma canção
Do seu beijo o meu encantamento
Do eterno a magia do momento
Do silêncio a perfeita sinfonia
Do seu abraço a realidade
E do universo um hino
Que tem nome de felicidade!
Não precisas vir
nem tão pouco me esperar
basta me sentir
nunca se afastar
basta me querer
basta me amar
eu não vou fugir
não quero acordar
Não precisa orquídeas
pra me oferecer
flores são efêmeras
basta me prender
basta me tocar
basta me entender
Basta me aceitar
do jeito que sou
basta me ouvir
basta me abraçar
não quero promessas
não quero ficar
não quero te ter
só te possuir
só te envolver
só te fazer crer
que o amor existe
nunca te ver triste
deixa a vida seguir...
(Tereza Maria Caarneiro )
2012

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Encontrei nas lembranças do Fece...
Esse texto é de 2013
DESENHO A GRAFITE
Era madrugada...
Ing, usava um roupão de seda azul com padronagens em azul mais claro e branco.
Olhava atra
vés do vidro da janela observando a paisagem da cidade onde a maioria dos habitantes já dormiam...Quase três horas da manhã
Em sua frente a mesa, a tela e um meio copo de vinho...
Uma música tocava baixinho
Entre poemas e imagens, toca uma tela com suavidade, seus lábios riem a meio riso diante de uma frase inusitada que surge do nada
Seus pensamentos passeiam por sonhos, lembranças, saudades e ilusões.
Volta a janela e busca uma estrela no céu...
Morde os lábios a saborear mais um gole de vinho
Continua a escrever; um copo com agua do outro lado da mesa , o jornal que lera pela manhã e um quadro com uma foto antiga de um menino...
Há um cheiro de incenso no ar, misturando-se com a melodia da música e o som suave das batidas serenas do seu coração
A sua esquerda a suite do quarto esconde um espelho, bem diferente daquele da infância e da verde adolescência ou juventude.
Olha-se no espelho e percebe o quanto o tempo foi generoso com seu rosto...
Seu sorriso continua belo e suave, talvez mais sereno
E o mais importante, sua alma não mudou...
Ele se volta para a tela e se perde em seu universo literário, continua um poema e de repente se percebe fazendo um desenho a grafite...
Tereza Maria Caarneiro )

domingo, 16 de abril de 2017

POESIA DE 2013
AUTORRETRATO
Não sei se sinto falta de mim ou de você
Eu sempre gostei do impossível
Das estrelas que não pude tocar
Das flores que não consegui colher
Sempre gostei das montanhas

Embora as tenha visto da planície
Os desertos, as madrugadas, os enígmas sempre me fascinaram
Sempre quis ir buscar o arco-íris no final da tarde
Me apaixonei pela lenda de Icaro
Pelo sorriso da Mona Lisa de Da Vinci
Pelos poemas de Drummond
Pelas músicas do Roberto
Sempre gostei de lua cheia
Sempre sorri e chorei simultaneamente
Quase sempre corri para abraçar o por do sol mas, ele se foi cada vez que tentei chegar
Eu sempre rabisquei poesias
Sempre gostei de ouvir minha própria voz
Eu sempre fui quase só
Eu sempre fui intensa
Teimosa
Romântica
Suave e cortante
E de vez em quando eu ainda preciso me reapresentar a mim...
(Tereza Maria Caarneiro)